segunda-feira, 17 de maio de 2010

O OUTRO OLHAR...

Estava eu lendo o jornal , quando leio sobre atletas que possuem alguma deficiência física e comecei refletir sobre estes sujeitos e, diga-se de passagem, nos dá um imenso orgulho de ver pessoas consideradas “limitadas” por muitos, nos mostrando que é possível, e que acabam desmistificando muitas idéias pré-concebidas uma delas “ser limitado”.
E que de certa, os considerados “limitados” parecem não terem limites. Muitos pensam se tratar de superação somente, e eu não os vejo assim. Vejo-os com uma força e vontade em escala e proporção bem maior que em muitos considerados “perfeitos”.
A lástima e indignação que contemplo, é que não vejo a mídia (emissoras abertas) dar muita ênfase para estes, e isto não deixa de ser um pré-conceito desde já. Vejo muitas pessoas comentarem de como “eles” demonstram uma maior motivação que os “fisicamente saudáveis”, mostrando que além do incentivo tem que se ter força de “superação” e determinação não apenas no esporte mas na VIDA. Que suas limitações físicas se transformaram em vontade de viver, e esta, muitos de nós já perderam.
Aqui se faz uma pequena analogia dos “normais” e dos “especiais”. Sabemos que um dos maiores problemas hoje é o uso/abuso de psicotrópicos e substâncias químicas. E que, muitos que se consideram saudáveis e possuem ainda um certo pré-conceito, podem estar violentamente fazendo uso destes medicamentos, caindo mais tarde num abismo profundo de depressão. Enquanto, por outro lado, nossos atletas que possuem alguma deficiência física superam com o esporte seus traumas e deficiências, tornando-se cidadãos modelos para a sociedade.
Com a Psicologia buscamos este outro olhar sobre o sujeito e sociedade em geral, e tudo que nos envolve, ela nos incita à reflexão, é o exercício de questionar constantemente tudo e todos, deste modo incita-nos também a mudar nossos paradigmas e de outrem.
Deixo como reflexão que os “limitados fisicamente” muitas vezes se encontram muito melhor psicologicamente do que muitos que são “fisicamente saudáveis”, e que o pré-conceito tem que acabar porque o conceito de normalidade na sociedade tem que ser revisto. A normalidade no indivíduo não depende do seu físico e sim do equilíbrio que este tem com a sua estrutura que o constitui como sujeito. Por fim, vou me ocupar de uma frase que Marcial Salaverry diz ao final de seus escritos, “tenha um lindo dia” e vamos fazer um pequeno exercício...refletir sobre.
Aliene!

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