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A vida é feita de riscos, perdas, escolhas e tristezas. Mas, a vida é feita de alegrias que compreende grandes re ‘começos’.
A vida é feita de riscos, perdas, escolhas e tristezas. Mas, a vida é feita de alegrias que compreende grandes re ‘começos’.
Estava eu num domingo à tarde,
olhando um filme(“Sob o sol de toscana”). Domingo “este” , em que a chuva
deslizava num remanso pela janela e onde não se espera nada, absolutamente nada,
além de um descanso. Eis, que o filme começa a despertar em mim todos os
questionamentos inenarráveis. Pronto, ganhei à tarde, pensei!
O que é a vida senão um
montante de recomeços apenas, que se movem conforme nossas experiências diante
dos desafios? O ressurgimento a que me refiro no título(de Vida). Seria quando
perdemos algo que é indispensável para um viver, conviver e aguentar as intempéries
em que as vivências nos colocam. Questiono-me dentre tantas coisas, se este
ressurgir se dá quando o pulsar volta a reinar e há um despertar?! Este pulsar que
aqui me refiro não seria algo físico e sim “uma pulsão”, sendo originária do
latim “pulsio”, que designa o ato de impulsionar que compreende uma
força, está pra além de físico, é um impulso que nos leva em direção a algo
através de infinitas possibilidades de se representar um ‘desejo’. E ‘este’, por sua vez, volta a nos orientar, ‘pulsar’ e por conseguinte nos faz viver.
A vida nos convoca
constantemente a um reinvestimento de resignificações, de energias. Elaborar
cicatrizes e rever escolhas, é um desacomodar-se. E como diria um dos meus
escritores favoritos(Fernando Pessoa). ‘A vida é o que fazemos dela’. Então, se autorize
mais, ou seja, viva e sinta! As sensações nos atravessam durante nossa
trajetória inteira, sejam elas boas ou ruins; o interessante da vida não é o
momento ser eterno, porque não o será nunca, mas eterna será a sensação que o
momento proporcionou. Como no filme: ‘você tem que viver esfericamente sob
todas as direções, com entusiasmo infantil, e as coisas acontecem’.
Um sentido para a vida? Não
estou convencida disto. Acredito que nós damos um sentindo a mesma, vivendo-a.
Como diria Calligaris em um de seus escritos; ‘perder o encanto no cotidiano ou
nunca ter encontrado o mesmo, eis que surge a depressão’. Ou seja, a vida se
justifica por si só, ela pode ser seu próprio sentido.
Nietzsche traz uma passagem em
Zaratustra, um de seus escritos, que resume o que tento defender: ‘profunda é a
dor e a alegria é mais profunda que o sofrimento, a dor diz: passa! Mas, toda a
alegria quer eternidade, quer profunda eternidade’. E isto talvez seja o grande
dilema, exigimos da vida mais do que ela pode nos dar. Você tem de saber
conviver com as frustrações e fazer delas grandes aprendizados. A dor passa e a
alegria retorna, mas a alegria acontece quando esperamos grandes excitações, realizações;
eis o segredo da Vida.
Vivemos de reticências, incógnitas e pulsar. Viva
e some os hojes, elabore os ontens e aguarde o amanhã. Não importa o que
aconteça, guarde sempre sua inocência; isto é o mais importante.
A vida é um intenso pulsar a nos impulsionar. Esta é a grande
verdade a quem possa buscar e perguntar.
Tenha um bom dia!
Aliene lemes!