sábado, 1 de setembro de 2012

Sob o SOL de cada começo, eis que a Vida por si só 'significa'.



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A vida é feita de riscos, perdas, escolhas e tristezas. Mas, a vida é feita de alegrias que compreende grandes re ‘começos’.
Estava eu num domingo à tarde, olhando um filme(“Sob o sol de toscana”). Domingo “este” , em que a chuva deslizava num remanso pela janela e onde não se espera nada, absolutamente nada, além de um descanso. Eis, que o filme começa a despertar em mim todos os questionamentos inenarráveis. Pronto, ganhei à tarde, pensei!
O que é a vida senão um montante de recomeços apenas, que se movem conforme nossas experiências diante dos desafios? O ressurgimento a que me refiro no título(de Vida). Seria quando perdemos algo que é indispensável para um viver, conviver e aguentar as intempéries em que as vivências nos colocam. Questiono-me dentre tantas coisas, se este ressurgir se dá quando o pulsar volta a reinar e há um despertar?! Este pulsar que aqui me refiro não seria algo físico e sim “uma pulsão”, sendo originária do latim “pulsio”, que designa o ato de impulsionar que compreende uma força, está pra além de físico, é um impulso que nos leva em direção a algo através de infinitas possibilidades de se representar um ‘desejo’. E ‘este’,  por sua vez,  volta a nos orientar,  ‘pulsar’ e por conseguinte nos faz viver.   
A vida nos convoca constantemente a um reinvestimento de resignificações, de energias. Elaborar cicatrizes e rever escolhas, é um desacomodar-se. E como diria um dos meus escritores favoritos(Fernando Pessoa). ‘A vida é o que fazemos dela’. Então, se autorize mais, ou seja, viva e sinta! As sensações nos atravessam durante nossa trajetória inteira, sejam elas boas ou ruins; o interessante da vida não é o momento ser eterno, porque não o será nunca, mas eterna será a sensação que o momento proporcionou. Como no filme: ‘você tem que viver esfericamente sob todas as direções, com entusiasmo infantil, e as coisas acontecem’. 
Um sentido para a vida? Não estou convencida disto. Acredito que nós damos um sentindo a mesma, vivendo-a. Como diria Calligaris em um de seus escritos; ‘perder o encanto no cotidiano ou nunca ter encontrado o mesmo, eis que surge a depressão’. Ou seja, a vida se justifica por si só, ela pode ser seu próprio sentido.
Nietzsche traz uma passagem em Zaratustra, um de seus escritos, que resume o que tento defender: ‘profunda é a dor e a alegria é mais profunda que o sofrimento, a dor diz: passa! Mas, toda a alegria quer eternidade, quer profunda eternidade’. E isto talvez seja o grande dilema, exigimos da vida mais do que ela pode nos dar. Você tem de saber conviver com as frustrações e fazer delas grandes aprendizados. A dor passa e a alegria retorna, mas a alegria acontece quando esperamos grandes excitações, realizações; eis o segredo da Vida.
Vivemos de reticências, incógnitas e pulsar. Viva e some os hojes, elabore os ontens e aguarde o amanhã. Não importa o que aconteça, guarde sempre sua inocência; isto é o mais importante.
A vida é um intenso  pulsar a nos impulsionar. Esta é a grande verdade a quem possa buscar e perguntar.


Tenha um bom dia!
                          Aliene lemes!