quinta-feira, 20 de maio de 2010

Acho que sou da década de 60,70 e não 80.

Uma Reflexão...

...Muitos valores estão se perdendo...isto é fato,e isto se reflete no futuro...
Pessoas por vezes mais materialistas, uma coisificação de sentimentos e pessoas, e com isso se esvaindo o amor ao próximo...
Muitas mulheres querendo se igualar aos homens e perdendo sua "essência", bem como seu valor.
Percebo que o romantismo se perdeu, mas acredito que existem ainda raros os casos.O homem perdeu o romantismo porque está tudo muito fácil hoje em dia,e homem que aqui me refiro é o homem Ser Humano.
A conquista já está tão banal, o ficar já virou moda, e o transar nem se fala né?!
Mas o meu ficar, é ficar anos...talvez eu esteja em contradição com o real significado
do ficar hoje em dia...mas, prefiro assim, minha essência conservada.
Para mim existem certos valores que não se perdem...
E um deles como li de Arnaldo Jabor é se permitir a um sentimento, crescer
e amadurecer ao lado de alguém,
é não estar fadado a solidão, ficar por ficar deixo aos que são adeptos.

Por vezes queremos demais e nos doamos muito pouco, isto é fato.

Amadurecemos com o tempo...com as décadas...com as mudanças...
surgem novos olhares, novos sentimentos, eu sinto isto em mim mesma.
Mas, que nossos valores mais singelos, e puros não se percam, porque com isso tudo que temos de mais essencial na vida que é a nossa Essência estará se perdendo por modismos também.

E cabe a nós refletir...


Termino minha reflexão com as palavras de um mestre...Chico Xavier
"Amar sem esperar ser amado
e sem aguardar recompensa alguma.
"Amar sempre".

O quão difícil é perdoar ás pessoas e nos perdoar,
amar sem esperar recompensa, mas, necessário e importantíssimo em nossa Vida sempre!

Aliene!!!

quarta-feira, 19 de maio de 2010

Sou onde não penso...

Sou onde não penso... eis a questão que me intriga.
Preciso pensar para nem tudo que sou desfrutar...
Se sou onde não penso...
Preciso pensar para nem tudo que sou se exaltar...
Se sou onde não penso...
Preciso pensar para nem tudo que for do meu sou se expressar...
Se sou onde não penso...
Eu sou antes de existir...ou existo antes de ser?!
Ah, pudera eu fazer tudo que sou me exige...
Ah, quisera eu ser o sou sempre...
MAS, antes de tudo SOU O SER.

Aliene!

terça-feira, 18 de maio de 2010

Sem etiqueta, sem preço

...Alguém que me tem!


Meu alguém...

Um dia acendeu uma luz...
Será fogo, brasa que conduz...
Dias passados, momentos falados ou apenas teclados...
E nós...Afagados...
Será que seremos conquistados...
O dia nasceu, a noite caiu...
Será um sonho e não viu...
Ou tudo existiu...
As noites se completam, os dias se tornam longos...
Será saudade deste sonho...
Os momentos se prolongam,
Tudo passa depressa...
Que será, inquietude essa...
Passe Depressa...
A vida nos mostra caminhos que veremos aonde conduz...
Mas, a VIDA nos prega peças em pequenas remessas...
Mas, sempre há uma luz...
Por fim...
Na Vida ganhei um alguém...
Mas, ainda procuro com quem...Além...
Será que é este o alguém...
E que só me faz bem,
Que será o meu Além...
Na vida existe ilusão,
Mas, há a Renovação.
Sempre procuro o Além...
Na Alma...
Me Adentro...
Te Tento...
Te Quero...Venero...
Te Adoro...
Enfim, se não for comigo teu destino ainda assim irei te venerar, pois, o que tua alma conduz se Reluz...e nunca irei lembrar de Você...
Pois, nunca...NUNCA TE ESQUECEREI!
Qual será o fim...
Nós...não temos um Fim...
Por mais que nossas almas se distanciem...
Lembrarás...Lembrarei...
Dos momentos...que contigo compartilhei...

Que minha alma Te Achou e Se Encontrou.


(Dedicado á uma pessoa muito especial para mim...)
Aliene lemes!

Este poema fiz em 2004!:)

segunda-feira, 17 de maio de 2010

Ser sujeito! A águia e a Galinha e o Despertar da águia!

Refletindo acerca da relação existente entre os dois textos, exponho meu pensar...

Ou você é e busca ser sujeito de si e impõe sua subjetividade mesmo em pequenas
ações e pensamentos, ou assujeita-se, conforma-se com a realidade existente e não
busca evoluir bem como, torna-se um alienado.
A metáfora é usada para frizar a importância das escolhas em nossas vidas.
Algumas aceitam ser subordinadas, limitadas e outras buscam por vôos mais altos, o que difere
é simplesmente a escolha, liberdade ou ainda conhecida como livre-arbítrio.
O que você faz com estes, fará você no futuro.
Segundo Descartes  penso, logo existo.
Pensando deste modo, o ser sujeito é aquele que pensa, mas,  não basta apenas pensar, é preciso expor seu pensamento, falar, e não basta apenas falar, é preciso fazer...fazer-se sujeito, e esta é a idéia central de ambos os textos.
Nos construímos nas relações, e estas vão direcionando nossos olhares, nossos valores, e nossos
paradigmas, e estes devemos rever a todo instante para que a nossa condição
de sujeito evolua.
Deste modo, é de suma importância o questionamento, e o não assujeitamento.
Se faz necessário este questionamento, o que gosto, o que eu quero,
o que me faz bem, enfim...o que eu desejo realmente.
O que falta por vezes é este tempo para si, busca de si, que como um
velho conhecido já nos dizia:
Ei! Não corra.
Para que tanta pressa?
Corra apenas para dentro de você! Charles Chaplin.
Por fim, o mundo é capitalista, e cada vez mais individualista, e por vezes nos aliena,
mas o mundo, nosso MUNDO interior a que me refiro,
é feito de escolhas, basta o sujeito se impor e expor sua própria
subjetividade!
Tire um tempo para si, e reflita!
Aliene!

A Águia e a Galinha...conto!

Uma metáfora da condição humana

Era uma vez um camponês que foi a floresta vizinha apanhar um pássaro para mantê-lo em sua casa. Conseguiu pegar um filhote de águia. Coloco-o no galinheiro junto com as galinhas. Comia milho e ração própria para galinhas. Embora a águia fosse o rei/rainha de todos os pássaros. Depois de cinco anos, este homem recebeu em sua casa a visita de um naturalista. Enquanto passeavam pelo jardim, disse o naturalista:
- Esse pássaro aí não é galinha. É uma águia.
- De fato – disse o camponês. É águia. Mas eu criei como galinha.
Ela não é mas uma águia. Transformou-se em galinha como as outras, apesar das asas de quase três metros de extensão.
- Não – retrucou o naturalista. Ela é e será sempre uma águia. Pois tem um coração de águia. Este coração a fará um dia voar ás alturas. - Não, não – insistiu o camponês. Ela virou galinha e jamais voará como águia. Então decidiram fazer uma prova. O naturalista tomou a águia, ergueu-a bem alto e desafiando-a disse: - já que você de fato é uma águia, já que você pertence ao céu e não a terra, então abra suas asas e voe! A águia pousou sobre o braço estendido do naturalista. Olhava distraidamente ao redor. Viu as galinhas lá embaixo, ciscando grãos. E pulou para junto delas. O camponês comentou:
- Eu lhe disse, ela virou uma simples galinha!
- Não – tornou a insistir o naturalista. Ela é uma águia.
E uma águia será sempre uma águia. Vamos experimentar novamente amanhã.
No dia seguinte, o naturalista subiu com a águia no teto da casa. Sussurrou-lhe:
- Águia, já que você é uma águia, abra as suas asas e voe!
Mas quando a águia viu lá embaixo as galinhas, ciscando o chão, pulou e foi para junto delas.
O camponês sorriu e voltou à carga:
- Eu lhe havia dito, ela virou galinha!
- Não – respondeu firmemente o naturalista. Ela é águia, possuirá sempre um coração de águia. Vamos experimentar ainda uma ultima vez. Amanhã a farei voar.
No dia seguinte, o naturalista e o camponês levantaram bem cedo. Pegaram a águia, levaram para fora da cidade, longe das casas dos homens, no alto de uma montanha. O sol nascente dourava os picos das montanhas. O naturalista ergueu a águia para o alto e ordenou-lhe:
- Águia, já que você é uma águia, já que você pertence ao céu e não à terra, abra suas asas e voe!
A águia olhou ao redor. Tremia como se experimentasse nova vida. Mas não voou. Então o naturalista segurou-a firmemente, bem na direção do sol, para que seus olhos pudessem encher-se da claridade solar e da vastidão do horizonte.
Nesse momento, ela abriu suas potentes asas, grasnou com o típico kau-kau das águias e ergue-se, soberana, sobre se mesma. E começou a voar, a voar para o alto, a voar cada vez mais para o alto. Voou... voou... até confundir-se com o azul do firmamento...

E Aggrey terminou conclamando:

- Irmãos e irmãs, meus compatriotas! Nós fomos criados à imagem e semelhança de Deus! Mas houve pessoas que nos fizeram pensar como galinhas. E muitos de nós ainda acham que somos efetivamente galinhas. Mas nós somos águias. Por isso, companheiros e companheiras, abramos as asas e voemos . Voemos como as águias. Jamais nos contentemos com os grãos que nos jogarem aos pés para ciscar.

(Leonardo Boff)

O OUTRO OLHAR...

Estava eu lendo o jornal , quando leio sobre atletas que possuem alguma deficiência física e comecei refletir sobre estes sujeitos e, diga-se de passagem, nos dá um imenso orgulho de ver pessoas consideradas “limitadas” por muitos, nos mostrando que é possível, e que acabam desmistificando muitas idéias pré-concebidas uma delas “ser limitado”.
E que de certa, os considerados “limitados” parecem não terem limites. Muitos pensam se tratar de superação somente, e eu não os vejo assim. Vejo-os com uma força e vontade em escala e proporção bem maior que em muitos considerados “perfeitos”.
A lástima e indignação que contemplo, é que não vejo a mídia (emissoras abertas) dar muita ênfase para estes, e isto não deixa de ser um pré-conceito desde já. Vejo muitas pessoas comentarem de como “eles” demonstram uma maior motivação que os “fisicamente saudáveis”, mostrando que além do incentivo tem que se ter força de “superação” e determinação não apenas no esporte mas na VIDA. Que suas limitações físicas se transformaram em vontade de viver, e esta, muitos de nós já perderam.
Aqui se faz uma pequena analogia dos “normais” e dos “especiais”. Sabemos que um dos maiores problemas hoje é o uso/abuso de psicotrópicos e substâncias químicas. E que, muitos que se consideram saudáveis e possuem ainda um certo pré-conceito, podem estar violentamente fazendo uso destes medicamentos, caindo mais tarde num abismo profundo de depressão. Enquanto, por outro lado, nossos atletas que possuem alguma deficiência física superam com o esporte seus traumas e deficiências, tornando-se cidadãos modelos para a sociedade.
Com a Psicologia buscamos este outro olhar sobre o sujeito e sociedade em geral, e tudo que nos envolve, ela nos incita à reflexão, é o exercício de questionar constantemente tudo e todos, deste modo incita-nos também a mudar nossos paradigmas e de outrem.
Deixo como reflexão que os “limitados fisicamente” muitas vezes se encontram muito melhor psicologicamente do que muitos que são “fisicamente saudáveis”, e que o pré-conceito tem que acabar porque o conceito de normalidade na sociedade tem que ser revisto. A normalidade no indivíduo não depende do seu físico e sim do equilíbrio que este tem com a sua estrutura que o constitui como sujeito. Por fim, vou me ocupar de uma frase que Marcial Salaverry diz ao final de seus escritos, “tenha um lindo dia” e vamos fazer um pequeno exercício...refletir sobre.
Aliene!

Nosso eu, uma pequena compreensão minha


As pessoas fazem uma compreensão do teu eu, fazem julgamentos do que elas tem como valores morais desde que concebidos, você faz julgamentos a partir do que você tem como valores, certo e errado deste modo em seu self já constituído.
A nossa realidade, verdade não será a mesma para outro alguém, a nossa individualidade gera muitos conflitos de forma que julgamos comportamentos, atos de acordo com nossos valores e escolhas já constituídos, que por sua vez devem ser revistos constantemente, por isto estamos num amadurecimento contínuo.
Claro que, não devemos nos desfazer de nossas verdades e valores, mas, devemos moderá-los, usá-los de forma que não nos domine mas, sim nos guie na vida.
É essencial rever paradigmas constantemente...
Temos que tolerar a multiplicidade de existências, e vários olhares, é uma arte viver...vendo deste modo penso eu. Nossa verdade e realidade não é única, creio que todos estão cientes disto.
Partimos do pressuposto que cada indivíduo possui uma estrutura psíquica, um id (desejo) e este por sua vez vai ter uma ego(eu) como aliado e um super ego como inimigo..., o super ego(vai puxar as rédias do ego para não abusar e satisfazer todos desejos do Id) mas, de fato o que nos move na vida é o id, e a partir de cada estrutura que vai se constituir e que não vou me deter aqui, vamos constituindo certos olhares, escolhas, valores, defesas para viver em sociedade.
E para viver em “sociedade”, nessa instituição de acordo com cada cultura devemos nos adaptar, vamos nos moldando, julgando, isto não serve para mim, este outro serve etc...Vamos escolhendo conforme nossas experiências. Jung em seus escritos diz “todos nós nascemos originais e morremos cópias”, de fato... vamos nos constituindo a partir dos outros, pai, mãe, amigos, indivíduos, introjetando coisas, pré-conceitos, gostos, como num quebra - cabeça vamos nos montando.
E o sonho vai fazer parte integrante do que somos, e o desejo...vai nos mover na vida...enquanto sujeitos.
Enfim, nunca devemos desistir de nossos sonhos, a verdade surge quando olhamos para dentro de nós em definitivo com nossa reflexão e descobrimos que nossos desejos nos movem na vida de fato, quando Lacan, Freud e outros autores ratificam esta idéia me sinto ainda mais ciente desta, e penso que a vida vale a pena quando nos encontramos em nós mesmos sempre num amadurecimento e quando nos damos conta que na realidade a Felicidade absoluta que todos almeijam, não existe...porque todos somos seres incompletos desde o nascimento, mas, que vamos saber disto mais tarde no complexo de édipo e a única felicidade no qual existe é desfrutar/gozar/aproveitar... os pequenos momentos, experiências no decorrer da vida, eis a tão sonhada Felicidade.
Ah, quanto ao fato de sermos incompletos...aí é outra história que não vou me deter...Freud explica!
Por fim, reflita comigo, tamanha é a complexidade do trabalho de um psicólogo, entender, acolher, compreender, dar suporte à indivíduos e situações singulares, que também são seres um tanto quanto complexos, não é uma tarefa nada fácil!
Aliene lemes!